quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ETAPAS DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

  • PREÂMBULO
  • INTRODUÇÃO
  • CONTO
  • FINALIZAÇÃO
PREÂMBULO

São algumas manifestações executadas pelo contador a fim de fazer a atenção do público sobre si mesmo. (Sons de algum instrumento, cantar uma música, parlenda, charadas, adivinhas, dinâmicas e etc.)

Ex.: - O que é que tem dentro?
Pão bolorento.

- O que é que tem fora?
Moda de viola.

- O que é que tem na rua?
Minha amiga lua.

- O que é que tem na janela?
Flor amarela.

- O que é que tem no quarto?
Seu retrato.

- O que é que faz agora?

- Conte uma história.


INTRODUÇÃO:

É a maneira ou expressão usadas para dar início a uma história.

  • Um passarinho meu amigo me contou...
  • Certa vez . . . . Era uma vez.
  • Aos que escutam atentemente que seguem jovens ou velhos
  • Muito longe além das extremidades do mundo...
  • Na extremidade do mundo onde...
  • No tempo em que...
CONTO:

É a narração da própria história. É o enredo.
Para narrar uma história é necessário que o contador fique atento a alguns aspectos. São eles:

  • Gestos repetitivos ou parasitas.
  • Uso excessivo de descrição.
  • Não usar muletas de linguagem (né, aí, então).
  • Não ficar se movimentando sem objetividade.
  • A ausência de enfatização e imaginação.

FINALIZAÇÃO:

Assim como a história necessita de uma introdução, a finalização é de suma importância e deve ser garantido.
Quando falamos de finalização de uma história, não estamos nos referindo à conclusão dela ou ao seu desenrolar. Estamos falando de algumas expressões ou frases que devem ser usadas para fechar a contação.
São elas:

  • Entrou por uma porta saiu por outra, o senhor que conte outra.
  • Os meus contos correram como um riacho porque contei para cavalheiros e damas.
  • Um dia me contaram, hoje eu contei a vocês, que vocês contem a outros para que a sabedoria nunca saia do coração dos homens.
  • Quanto a ..................... que Deus dê a ela um destino cruel. quanto a nós que Deus nos proteja.
  • Entrou pelo pé do pato, sai pelo pé do pinto, quem quiser que conte mais cinco.



ADIVINHAÇÃO (ou enigma)

"Ela é antiga como o mundo.
As mais antigas foram encontradas no RIG VEDAS".

Adivinhações

1 - O que é que se acha em toda parte e em nenhum lugar?
2 - O que é que quanto mais tira maior fica?
3 - O que é que cai em pé e corre deitado?
4 - O que é que uma caixinha de bom parecer, não há carpinteiro que possa fazer?
5 -O que é que na água nasci, na água me criei, se na água me puserem na água morrerei?
6 - O que é que entra na água e não molha?
7 -O que é vermelho e deixa o rastro preto?
8 -O que é que quanto mais queima, maior fica?
9 -Qual a primeira coisa que se perde numa queda?
10 -O que é que, quando cai, escurece e não se machuca?
11 -O que é que, quanto mais alto, produz menos sombra?
12 -O que é que só se abra prar encher, nunca para esvaziar?
13 -O que é que se enche sem colocar nada dentro?
14 -Quando é que um desenhiista toca mal uma música?
15 -Onde é que se tem que subir para ver se perdeu ou ganhou?
16 -Quando a água se transforma em gelo qual é a maior transformação que sofre?
17 -Qual o lugar em que todos podem sentar, menos você?
18 -O que o fósforo falou com o cigarro?
19 -Qual é a estrela que não brilha no céu?
20 -O que é que tem 8 pernas, 2 braços, 3 cabeças e asas?
21 -O que é que abre port]oes sem ter braços nem mãos?
22 - O que é que, quanto mais você tira da frente, mais acrescenta atrás?
23 -O que é que passa pelo vidro, sem quebrá-lo?
24 - O que é que, quando entra, está do lado de fora?
25 - O que é que no pescoço é luxo; na amizade, é elo; na garupa do gaúcho, é necessidade?
26- O que é sempre linda novidade toda vez que aparecer; velho como a humanidade, mas sempre novo há de ser?
27- O que é que tem olhos mas não enxerga, tem orelhas mas não ouve, tem nariz mas não cheira?
28 -O que destrói tudo com 3 letras?
29 -Qual o lençol que não se pode dobrar?
30 -O que é demais para um, suficiente para dois, mas a aprtir de três deixa de existir?


Respostas

1 - O tempo.
2 - O buraco.
3 - A chuva.
4 - O amendoim.
5 -O sal.
6 - A sombra.
7 -O fogo.
8 -A cinza do cigarro.
9 -O equilíbrio.
10 -A noite.
11 -O sol.
12 -O apetite.
13 -A paciência.
14 -Quando ele paerde o compasso.
15 -Na balança.
16 -No preço.
17 -O seu colo.
18 -"Por você, eu perco a cabeça."
19 -A estrela-do-mar.
20 -Um homem a cavalo, com um canário na mão.
21 -O vento
22 - A estrada em que você está viajando.
23 -A luz.
24 - O botão.
25 - O laço.
26- O amor.
27- Um retrato.
28 -Fim.
29 -O lençol d'água.
30 -O segrdo.


Ainda hoje, a prática das artes adivinhatórias exprime-se numa língua especial. Mas próximas de nós, as adivinhas insolúveis, as charadas, piadas em forma de pergunta são antes um sinal de reconhecimento e de integração sociais. Elas não são trocadas, a menos que um grupo esteja reunido.
A adivinhação - o enigma - desvela, inicia. É um instrumento de conhecimento do mundo...Gianni Rodari, em "Gramática da Imaginação", nos diz porque as crianças gostam tanto de adivinhações:"poruqe elas representam uma forma concentrada de sua experiência na conquista da realidade; elas as fazer reviever, como tentativa ou prova, o medo de se perderem, de serem perdidas, de serem abandonadas... É nesse tipo de desafio que se consolida o sentimento de segurança da criança, sua capacidade de crescer, seu prazer de existir, de conhecer".
Desde a idade de três ou quatro anos, a criança pode encontrar grande prazer nas adivinhações... É necessário, obviamente, construí-las á sua medida e conservar, sempre que possível, o caráter oral do jogo.

Para um contador, o interesse da adivinhação está na forma interrogativa. Colocar uma questão é romper o monólogo. O ouvinte é implicado, ele é convidado a agir por sua vez.
A virtude mágica, moral, trágica ou cômica de certas adivinhações permite ao ouvinte acordar-se com o conto que vai continuar. Mas a primeira das virtudes, no jogo das adivinhações, é reunir o auditório, criar uma comunidade, sem a qual o conto naõ seria outra coisa que uma viagem solitária.

CONTADORES DE HISTÓRIAS,
ESSA "GENTE DAS MARAVILHAS"

Conta-se que, certa vez, chegou a uma pequena cidade um viajante, que trazia consigo uma valise contendo alguns pertences e uns poucos instrumentos de trabalho, que lhe garantiriam o sustento do dia-a-dia. Além de artesão, ele era também um grande contador de histórias. Sendo assim, instalou-se sem dificuldades naquela comunidade. Durante o dia trabalhava o barro e com ele produzia objetos magníficos que lhe possibilitavam a sobrevivência. Ao cair da noite assentava-se sob a árvore secular da praça e contava histórias a todos que tivessem ouvidos disponíveis e almas sedentas de aprender com seus personagens. Á medida que o tempo passava, a audiência aumentava, e aqueles que antes apenas escutavam agora contavam também. Todos começram a ficar mais atentos aos próprios sonhos e ás coisa que lhes aconteciam no dia-a-dia, na certeza de que assim teriam também experiências a trocar, em forma de grandes aventuras. O tempo passou mais ainda, e pouco a pouco, assim como ele, as pesoas forma mudando. Até que chegou o momento em que ninguém mais se interessava pelas histórias contadas sob a generosa árvore da praça. O jovem homem de outrora era agora um ancião de cabelos brancose costas arqueadas. Mas sua rotina permanecia a mesma: durante o dia trnsformava o barro; ao cfair da noite contava histórias. Só que agora contava para si mesmo, pois ninguém mais se aproximava. Todos tinham muito o que fazer em seus pequenos mundos particulares. Temp´não se trocava mais por experiências e encantamentos; trocava-sepor dinheiro. Assim sendo, ouvir um velho contador de histórias, que falava de aventuras, de ensinamentos milenares, de heróis que com inteligência venciam dargões...ah não! Seria perda de tempo. Além disso, é verdade que as novas lojas da cidade com suas vitrines tentadoras faziam sonhar amis que as histórias do velho. Chegou então um inverno rigoroso. Numa boca de noite que se anunciava gelada, o veljo, na mesma hora de sempre, colocou-se a postos e começou a se contar histórias. Ria sozinho, entristecia sozinho e se surpreendia sozinho, com tudo o que contava para si mesmo. As pessoas corriam de um lado para outro sem lhe dar atençao. Foi quando algumas crianças, incomodadas com a situação do velho, aproximaram-se dele e disseram:
_"Mas vovô, com tanto frio, por que não volta para casa? Não vê que ninguém mais quer escutar suas histórias? Por que continua contando?"
_"Antes", repondeu o velho, "quando era jovem, eu contava histórias para mudar o mundo; queria torná-lo mais belo. Agora, solitário, eu me conto histórias para que o mundo não me mude."
Os contadores de histórias são uma especie de guardião de tesouros. Não daqueles que possam comprar o mundo, mas do tesouro que ensinam a compreender o mundo e a si mesmo. Eles semeiam sonhos e esperança, sendo chamados de "gente das maravilhas" pelos árabes. Há quem acredite que no mundo moderno não exista lugar para "essa gente". Afinal, do que falam? De príncipes e gênios do mal, de animais encantados e de heóis que passam por outras provas, para no final merecerem a princesa. Coisas como essas parecem distantes dos interesses deste nosso tempo - frenético, acesso a néon, barulhento e apresado. Mas porque são contadores de histórias, é que "essa gente de maravilhas" sabe que o mundo vai e vem. Há épocas em que os ouvidos se fecham e os corações se endurecem para o que é mágico e poético, mas outras épocas chegam em que se abrem novamente. Esse é o tempo em que os homens se voltam para se mesmos e buscam respostas para o sentido da existência. A grande tarefa dos contadores tem sido preservar um tipo de conhecimento armazenado em forma de histórias. Quando ninguém quer ouví-los, contam a si mesmo. Quando encontram ouvidos abertos, passam adiante o tesouro que outros antes deles guardaram e esperam que assim também o façam. Os contadores de histórias cuidam para que o bem maior dos seres humanos, a capacidade para se humanizarem, não se perca. Nas histórias que contam, ensinam a amar, a separar-se dos entes queridos, a utilizar a inteligência para vencer a força bruta, a lidar com as perdas, com o reconhecer as verdadeiras conquistas, a sobreviver em tempos de penúria e a festejar os tempos de fartura. As histórias falam da ética, de amor, de sabedoria, enfim, da vida e do que vale a pena para ser vivido, apontando um sentido profundo para a existência. Mas, para compreender sua linguagem, o ouvinte deve ser capaz de despojar-se da arrogância e tornar-se crianças curiosa novamente. Assim, seus ouvidos estarão abertos para que, generosa e compassivamente, as histórias o guiem pelos caminhos do coração, enquanto, é claro, também o divertem.



"Se se quiser falar ao coração do homem, há que se contar uma história.
Dessas onde não faltem animais, ou deuses, ou personagens e muita fantasia.
Porque é assim - suave e docemente - que se despertam consciências".

La Fontaine



PREÂMBULO

A Barata diz que tem

I

A barata diz que tem

Sete sais de filó.

É mentira da barata.

Ela tem é uma só.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Ela tem é uma só.

II

A barata diz que tem

Um sapato de veludo.

É mentira da barata.

O pé dela é peludo.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

O pé dela é peludo.

III

A barata diz que tem

Uma cama de marfim.

É mentira da barata.

Ela tem de capim.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Ela tem de capim.

IV

A barata diz que tem

Um anel de formatura.

É mentira da barata.

Ela tem é casca dura.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Ela tem é casca dura.

V

A barata diz que tem

O cabelo cacheado.

É mentira da barata.

Ela tem coco raspado.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Ela tem coco raspado.

IV

A barata diz que come

Frango, arroz e macarrão.

É mentira da barata.

Ela só come feijão.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Ela só come feijão.

IIV

A barata de toca

Violino e violão.

É mentira da barata.

Ela toca é rabecão.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Ela toca é rabecão.

IIIV

A barata diz que tem

Carro, moto e avião.

É mentira da barata.

Ela só tem caminhão.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Ela só tem caminhão.

XIX

A barata é vaidosa.

E gosta muito de sonhar.

Nos cabelos usa rosa.

Quando sai pra passear.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Quando sai pra passear.

X

A barata é sapateira

E vive lá no roseiral.

Como todo brasileiro.

Ela adora carnaval.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Ela adora carnaval.

XI

A barata é famosa

Com tão bela profissão

É cantora e Feitosa.

Quando toca o violão.

Ah, ah, ah ho,ho,ho,

Quando toca o violão.


A ESTRELA VERDE


Milhões e milhões de estrelas no céu. Todas as cores: brancas, lilases, vermelhas, azuis...

Um dia elas procuraram o Senhor todo poderoso, e lhe disseram:

_ Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.

_ Assim será feito – respondeu Deus – conservarei todas vocês pequeninas como são vistas, e podem descer á Terra.

_ Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar e correr com os vaga-lumes no campo, outras se misturaram aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada.

Porém passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o Céu, deixando a Terra escura e triste.

Por que voltaram? – perguntou Deus, á medida que elas chegavam ao Céu.

_ Senhor, não foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria, desgraça, fome, violência, guerra, maldades e muitas doenças.

E o Senhor lhes disse:

_ Claro, o lugar real de vocês é aqui no Céu. A Terra é um lugar transitório,daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre e onde nada é perfeito.

O lugar onde tudo é perfeito é aqui no Céu, onde tudo é imutável, onde tudo é eterno, onde nada perece.

Depois de chegarem todas as estrelas e conferido o seu número, Deus falou de novo:

_ Mas está faltando uma estrela, perdeu-se no caminho? Um anjo, que estava perto retrucou:

_ Não, Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens; ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe imperfeição, onde há limites onde as coisas não vão bem.

_ Mas que estrela é essa? _voltou Deus a perguntar.

_ Por coincidência, Senhor, era a única estrela dessa cor.

_ E qual a cor dessa estrela? _ insistiu Deus. E o anjo disse:

_ A estrela é a verde, Senhor. A estrela do sentimento da esperança.

_ E quando então olharam para a Terra, a estrela já não estava só. A Terra estava novamente iluminada. Porque o único sentimento que o Homem tem e Deus não tem é a Esperança.

Deus já conhece o futuro, e a esperança é própria da natureza humana.

Própria daquele que cai, daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que não sabe como será seu futuro.

NÃO SE ESQUEÇA DA SEMENTE

Conta uma lenda da tradição Sufi que uma mulher muito pobre, com uma criança no colo, passou diante de uma caverna e escutou uma voz misteriosa que lá de dentro dizia: “Entre e apanhe tudo que você desejar, não se esqueça da semente. Lembre-se porém de uma coisa: depois que você sair a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça da semente...” A mulher entrou e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias pôs a criança no chão e começou a juntar ansiosamente tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente: “Agora você tem pouco tempo”. Esgotado o tempo, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas correu para fora da caverna e a porta se fechou. Lembrou-se, então, de que a criança lá ficará e a porta estava fechada para sempre! A riqueza durou pouco, mas o desespero persistiu.

Nossas sementes são nossos amigos, nossos familiares, as pessoas que amamos, nossos sonhos, nossa fé, nosso trabalho, nosso compromisso com a vida; Mas vamos ao mundo como se ele fosse uma feira. Enchemos nossa sacola com fatos que nos fazem esquecer de nossos verdadeiros tesouros e de nós mesmos. Apesar do universo contentemente sussurrar em nossos ouvidos: “Não se esqueça da semente”, terminamos por esquece-lá. Quando a porta se fecha é tarde; e ela se fecha no momento em que nós perdemos, trocando nossa divindade pela vaidade do ego e deixando trancadas para sempre dentro da caverna da existência as coisas que mais amamos.

“NÃO SE ESQUEÇA DA SEMENTE”.

O PAPEL BRANCO

Um sábio, depois de dedicar toda a sua vida á compreensão do homem, chegou á velhice sem ter certeza de haver entendido a alma humana. E quando mais pensava, menos compreendia. Desesperado pediu ajuda divina.Os céus, então, enviaram uma folha de papel em branco para que o sábio mostrasse a varia pessoas. E lá se foi ele pelo mundo afora, perguntando para toas as pessoas o que via naquela folha de papel. Uns diziam ver o céu, outros a guerra, outros ainda o mar. Assim, o papel branco sempre mostrava diferentes imagens para diferentes pessoas. E o sábio começou a perceber que não se pode compreender a todos como se fossem iguais. Porque cada um é único, diferente, especial. Com sua maneira única, diferente e especial de ver o mundo. Aceitar essas diferenças é o primeiro passo para a compreensão do homem.

CHARALINA

(Nelson Albissú)

Era uma senhora, chamada Josefina, que desde tinha mania de botar nome em todas as coisas. Bastava olhar um caldeirão para chamá-lo de Bastião. Olhava para uma panela e chamava de Amélia. E por essa estranha mania, Dona Josefina tinha uma chaleira que se chamava Charalina. Coisas e nomes loucos da Dona Josefina. É claro! Pois a panela, que se chamava Amélia, só servia para fazer arroz e logo depois era levada e guardada, enquanto que a esforçada Charalina quase abria o bico de tanto trabalhar, de fogo de lá para o fogo de cá. Fervia água para a mulher fazer o café, cozia ovo pro menino mais novo, fervia, depois, água pro arroz. Sem atraso, Fervia água pra lavar os pratos. Também, mais uma vez, fervia água para o chá das três, e pro Zé, pra não da Chulé, fervia água pra lavar o pé. Mas a Charalina, que devia se chamar divina, não abria o bico e só chiava quando fervia. Até que um dia, quando ninguém esperava, surgiu um buraquinho no fundo da Charalina, por onde a água vazava. E a Dona Josefina gritou, chiou,ferveu, falou mal e jugou a velha Charalina no fundo do quintal. A Charalina, contudo, que devia ficar uma fera apenas chorosa, próximo a um monte de terra:

_ Eu, que trabalhei todos os dias da minha vida merecia uma melhor aposentadoria! No outro dia, depois da janta começou uma chuva forte... e choveu a noite inteira. Com a chuva, que era tanta, a terra toda do monte escorreu para a chaleira, que fora jogada sem tampa. Depois de alguns dias, Charalina sentia que, na sua barriga, alguma coisa acontecia, e ficou ainda mais triste com aquele novo fato... Estava medrosa e muito temia que a sua barriga, que antes fervia. agora fosse uma casa de sapo. E a vida da Charalina tornou-se um pesadelo cheio de horror, até que, numa bela manhã, de sol muito bonito, na sua barriga uma semente germinou. Tinha um palito tão verde e bonito, só vendo que amor! Depois, duas folhinhas verde e, rapidamente, sem esperar a primavera, foi logo dando uma flor. Quando aDona Josefina saiu para tomar banho de sol, na varando do fundo da casa, olhou a Charalina e exclamou:

_ Meu Deus que amor! Correndo, Dona Josefina apanhou a Charalina e, como se pedisse perdão, limpou-lhe as paredes de fora, regou a flor sem demora e levou as duas para enfeitarem a mesa da sala. Hoje, Charalina está feliz e encantada com a sua nova situação. Anda até namorado um vaso da casa que faz parte da decoração.

APRENDENDO A ACEITAR OS ESPINHOS DO OUTRO

Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos espinhos percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos. Assim agasalhavam-se e protegiam-se mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam mais calor. E, por isso, tornaram a afastar-se uns dos outros. Voltaram a morrer congelados. E precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da face da Terra, ou aceitariam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, voltaram a ficar juntos durante o tenebroso inverno. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E terminaram sobrevivendo.













quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Escola Municipal "Manoel Mayrink Neto"







...“fazer registros sobre o cotidiano escolar torna possível o distanciamento da ação e de que está escriturado, ajudando o educador a planejar, revisar e refletir diante da sua prática (...), permitindo reajustes permanentes (...)


"Sem olhar para trás, é impossível seguir em frente".

Miguel Zabala

EDUCADOR(A): ___________________________________

SUPERVISORAS: Elaine Auxiliadora Maurício Neves
Júlia Cecília Ventura
Maria Aparecida Romagnoli Silva
Maria Tereza Silva Cruz

COORDENADORAS: Sandra Márcia de Souza
Lília Beatriz Campos Mayrink


FEVEREIRO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb


1

Reunião Administrativa e Pedagógica

2

Início das Aulas

3

4

5

6

7

8

Reunião de pais-Administrativa

9

Reunião de pais-Administrativa

10

Reunião de pais-Administrativa

11

Reunião de pais-Administrativa

12

Reunião de pais-Administrativa

13

14

15

Recesso

16

Feriado

17

Recesso

18

Oficina Pedagógica

19

Oficina Pedagógica

20

21

22

Planejamento bimestral, Votação de tema soa Eventos da escola (Feira Cultura, Festival de Poesia e Dança)

23

Planejamento bimestral, Votação de tema soa Eventos da escola (Feira Cultura, Festival de Poesia e Dança)

24

Planejamento bimestral, Votação de tema soa Eventos da escola (Feira Cultura, Festival de Poesia e Dança)

25

Planejamento bimestral, Votação de tema soa Eventos da escola (Feira Cultura, Festival de Poesia e Dança)

26

Planejamento bimestral, Votação de tema soa Eventos da escola (Feira Cultura, Festival de Poesia e Dança)

27

28







MARÇO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb


1

-Aplicação da Avaliação diagnóstica (professores)

-Apuração do tema dos Eventos da escola (Feira Cultural, Festival de Poesia e Dança)

2

-Aplicação da Avaliação diagnóstica (professores)

Início dos trabalhos para a FEIRA CULTURA

3

-Aplicação da Avaliação diagnóstica (professores)

4

-Aplicação da Avaliação diagnóstica (professores)

5

-Aplicação da Avaliação diagnóstica (professores)

6

7

8

Entrega do resultado da avaliação diagnóstica á supervisora - tabela

9

Entrega do resultado da avaliação diagnóstica á supervisora - tabela

10

Entrega do resultado da avaliação diagnóstica á supervisora - tabela

11

12

13

Festa da Família

14

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17

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19

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26

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ABRIL

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

Recesso

2

Recesso

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

Feriado

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23

24

25

26

Aplicação da Avaliação Amostral – Português SUPERVISÃO

27

Aplicação da Avaliação Amostral – Português SUPERVISÃO

28

Aplicação da Avaliação Amostral – Português SUPERVISÃO

29

30

31


MAIO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

Feriado

2

3

Planejamento

4

Planejamento

5

Planejamento

6

Planejamento

7

Planejamento

8

9

10

Entrega de notas do 1º Bimestre e da FADA à supervisora

11

12

13

14

15

16

17

Reunião com todos os pais – 1º Bimestre

18

Reunião com todos os pais – 1º Bimestre

19

Reunião com todos os pais – 1º Bimestre

20

Reunião com todos os pais – 1º Bimestre

21

Reunião com todos os pais – 1º Bimestre

22

23

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27

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29

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JUNHO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

2

3

Feriado

4

Recesso

5

6

7

Ensaios para a Festa Junina – Prof. De Ed. Fis.

8

Ensaios para a Festa Junina – Prof. De Ed. Fis.

9

Ensaios para a Festa Junina – Prof. De Ed. Fis.

10

Ensaios para a Festa Junina – Prof. De Ed. Fis.

11

Ensaios para a Festa Junina – Prof. De Ed. Fis.

12

Festa Junina

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25

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JULHO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Entrega de notas do 2º Bimestre e da FADA à supervisora

13

Aplicação da Avaliação Amostral – Português - SUPERVISÂO

14

Aplicação da Avaliação Amostral – Matemática - SUPERVISÂO

15

Jogos Internos

16

Jogos Internos

17

18

19

Recesso

20

Recesso

21

Recesso

22

Recesso

23

Recesso

24

Recesso

25

Recesso

26

Recesso

27

Recesso

28

Recesso

29

Recesso

30

Recesso

31

Recesso




AGOSTO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

Recesso

2

Preparação para o FESTIVAL DE DECLAMAÇÃO – seleção de poesias, etc.

3

Planejamento

4

Planejamento

5

Planejamento

6

Planejamento

7

8

9

Reunião com pais de alunos com baixo rendimento

10

Reunião com pais de alunos com baixo rendimento

11

Reunião com pais de alunos com baixo rendimento

12

Reunião com pais de alunos com baixo rendimento

13

Reunião com pais de alunos com baixo rendimento

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

Inscrições para Declamação - Bibliotecário

24

Inscrições para Declamação - Bibliotecário

25

Inscrições para Declamação - Bibliotecário

26

Inscrições para Declamação - Bibliotecário

27

Inscrições para Declamação - Bibliotecário

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30

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SETEMBRO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

2

3

4

5

6

Recesso

7

Feriado

8

Ensaios das danças – Prof. De Ed. Fis.

9

Ensaios das danças – Prof. De Ed. Fis.

10

Ensaios das danças – Prof. De Ed. Fis.

­-Eliminatória para Declamação

11

12

13

Ensaios das danças – Prof. De Ed. Fis.

14

Ensaios das danças – Prof. De Ed. Fis.

15

Ensaios das danças – Prof. De Ed. Fis.

16

Ensaios das danças – Prof. De Ed. Fis.

17

Ensaios das danças – Prof. De Ed. Fis.

18

Festival de Poesia e Dança

19

20

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22

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28

29

Aplicação da Avaliação Amostral – Português - SUPERVISÃO

30

Aplicação da Avaliação Amostral – Matemática - SUPERVISÃO




OUTUBRO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

2

3

4

Planejamento

5

Planejamento

6

Planejamento

7

Planejamento

8

Planejamento

9

10

11

Feriado

12

Feriado

13

Entrega de notas do 3º Bimestre e da FADA à supervisora

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18

19

20

21

22

Feira Cultural

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27

28

29

30

31

NOVEMBRO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

Recesso

2

Feriado

3

4

5

6

7

8

Reunião de pais de aluno com baixo desempenho

9

Reunião de pais de aluno com baixo desempenho

10

Reunião de pais de aluno com baixo desempenho

11

Reunião de pais de aluno com baixo desempenho

12

Reunião de pais de aluno com baixo desempenho

13

14

15

Feriado

16

17

18

19

20

21

22

Recesso

23

Recesso

24

Recesso

25

Recesso

26

Recesso

27

Feriado Municipal

28

29

30


DEZEMBRO

Dom

Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

1

2

3

4

5

6

7

8

Entrega de notas do 4º Bimestre e da FADA à supervisora – 5º ano

9

10

Entrega de notas do 4º Bimestre e da FADA à supervisora – demais turmas

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16

Almoço do 5º PAV

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Término do ano letivo

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20

Enturmação 2011

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Enturmação 2011

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